
A prostatite é um das doenças que mais afetam a próstata. A maioria dos problemas de saúde que rodeiam o público envolvem a próstata. A próstata é uma glândula do tamanho aproximado de uma noz, presente apenas no sistema reprodutor masculino.
Assim, a próstata funciona como um conector seletivo entre os ductos que conduzem os espermatozoides e o sistema de drenagem da bexiga. Através da próstata, passam a uretra e o ducto ejaculador, que se unem e desembocam no pênis.
A partir dos 50 anos de idade, o risco de se desenvolver o câncer de próstata aumenta gradativamente. Além disso, outro problema que pode vir a surgir é a prostatite e, por essa razão, a avaliação periódica anual é de fundamental importância para o diagnóstico precoce e rastreamento dessas doenças.
O que é prostatite?
A prostatite é um processo inflamatório agudo da próstata. Quando a próstata fica inflamada, os sintomas podem ser semelhantes aos de uma infecção aguda do trato urinário. Nesse sentido, a prostatite ocorre por conta de uma inflamação da próstata, e leva ao inchaço da glândula. Por conta do tamanho anormal, o paciente sente grande desconforto, dor e queimação ao urinar.
Atualmente, divide-se as prostatites em dois grandes grupos:
Grupo 1 – Prostatite aguda
A prostatite aguda é um quadro inflamatório normalmente causado por infecção bacteriana da próstata.
A contaminação da próstata se dá pela invasão de bactérias que se encontram na uretra ou na bexiga, normalmente devido a uma urina previamente contaminada.
Entre os principais fatores de risco para a prostatite aguda podemos citar:
- Infecção urinária;
- Uso de cateter vesical;
- Traumas locais por uso prolongado de bicicletas ou andar a cavalo;
- Infecção pelo HIV;
- Uretrites por DST, como gonorreia ou clamídia.

Grupo 2 – Prostatite crônica
a prostatite crônica é uma inflamação crônica da próstata, relacionada com um aumento do número das células inflamatórias no tecido prostático e que pode estar associado ou não à presença de bactérias ou outros microoganismos.
Por isso, o quadro sintomático usualmente é mais tênue, descrevendo-se desconforto pélvico, sensação de peso sobre a região púbica, desconforto perineal (região entre a raiz do escroto e o ânus), necessidade imperiosa de urinar (urgência) ou aumento do número de micções ao longo do dia (poliaquiuria).
Em alguns casos a prostatite crônica pode ser englobada no âmbito do síndrome da dor pélvica cronica.
Nestas situações predomina a dor ou desconforto pélvico persistente ou recorrente a que se associam sintomas do trato urinário inferior, da esfera sexual ou intestinal, e para a qual não se identifica uma origem infecciosa ou outras causas orgânicas.
Sintomas
Os sinais e os sintomas variam consoante o doente e o tipo de prostatite presente e nalguns casos podem inclusive cursar sem queixas (prostatite assintomática).
Os sintomas de prostatite aguda são:
- Febre;
- Calafrios;
- Disúria (dor ao urinar);
- Dificuldade em urinar;
- Vontade frequente de urinar;
- Dor pélvica;
- Urina turva;
- Mal estar;
- Dores musculares e nas articulações.
Os sintomas de prostatite crônica são:
- Dificuldade em esvaziar a bexiga totalmente;
- Desconforto ou dor a urinar, ejacular ou defecar;
- Necessidade imperiosa de urinar várias vezes ao dia ou de se levantar durante a noite para urinar;
- Desconforto referido a nível do ânus ou alterações do intestino, períneo, região supra-púbica ou escroto.

Tratamentos para prostatite
Felizmente, tanto a prostatite aguda quanto a crônica possuem altas taxas de cura. Não há evidências na literatura médica indicando que a doença possa levar ao surgimento do câncer de próstata ou hiperplasia benigna (próstata aumentada).
Os antibióticos são a forma mais comum de tratamento da prostatite. Mas, caso a infecção na urina não seja controlada, a doença pode se tornar severa e evoluir para um quadro mais grave, conhecido como sepse.
A prostatite bacteriana aguda é tratada com a utilização de antibióticos com alto poder de penetração no sistema urinário, sendo as quinolonas as mais utilizadas, como a ciprofloxacina. Por isso, o tempo de utilização médio desses medicamentos é de, aproximadamente, três a quatro semanas.
Uma análise minuciosa da urina do paciente deve ser realizada, com o objetivo de identificar qual tipo de bactéria é responsável pelo quadro, assim como uma avaliação do painel de possíveis antibióticos que podem ser usados em cada caso.
A tuberculose urinária é uma causa rara de prostatite e, felizmente, pouco frequente. O diagnóstico dessa condição é feito através de uma análise de quatro a cinco amostras diferentes de urina, assim como a incubação do material em meios de cultura específicos para pesquisa do bacilo da tuberculose.
Por isso, nesses casos, específicos, o tratamento pode durar de seis meses a um ano e segue um protocolo muito parecido ao indicado para a tuberculose pulmonar.

Como prevenir a prostatite
Para prevenir a prostatite devem ser adotados todos os mecanismos necessários para evitar as infecções do trato urinário baixo, como seja o reforço da hidratação oral, as micções regulares, assegurar esvaziamento vesical completo, etc.
Por isso, a prevenção da prostatite passa pelos hábitos de vida saudáveis, como:
- Dieta saudável
- Prática regular de exercícios
- Bons hábitos de higiene
- Uso de preservativo
- Exames de rotina
- Ingerir bastante água
- Incluir zinco na alimentação
- Evitar bebidas alcoólicas
- Evitar comidas picantes
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